Ministério da Defesa sofre corte de 70% do orçamento interno
De acordo com informações do Ministério, técnicos da pasta estão analisando alternativas para garantir a continuidade das atividades e dos principais projetos.
Lula (PT) sancionou um corte de quase 70% na verba usada para os custos administrativos do Ministério da Defesa. Os militares integrantes da pasta temem por uma paralisia no cotidiano do prédio caso os recursos que pagam a água, a luz e o café, entre outras contas, não sejam ao menos parcialmente recompostos.
O corte no orçamento da Defesa, representando um dos maiores feitos pelo Governo Lula em verba de ministérios, foi solicitado ao Congresso Nacional com a finalidade de direcionar o dinheiro para o Novo Programa de Aceleração e Crescimento (PAC).
Em 2023, a Defesa tinha R$ 103,6 milhões disponíveis para despesas discricionárias, ou seja, gastos não obrigatórios, que incluem pagamentos operacionais e contratos de terceirizados. Com o corte de Lula, o montante disponível em caixa passa a ser de R$ 42,3 milhões.
Na semana passada, Lula isentou o Ministério da Defesa do corte nos recursos de emenda parlamentares. Porém, de acordo com auxiliares do ministro José Múcio Monteiro, a verba das emendas não pode ser direcionada para gastos administrativos, uma vez se tratar de dinheiro carimbado para deputados e senadores.
Apesar de ser um dos maiores, o corte na verba da Defesa não foi o único realizado pelo Governo entre os ministérios. O Meio Ambiente teve uma redução de mais de 30% na categoria orçamentária relacionada à manutenção da administração central, ficando com R$ 34,8 milhões.
O corte na verba do Ministério da Defesa entrou no pacote de Lula para tentar salvar o Novo PAC. Com essa finalidade, em dezembro, o governo propôs uma redução de quase R$ 11 bilhões em gastos dos ministérios previstos para 2024.