Empresa Chinesa compra 500 mil barris de petróleo do pré-sal
A CNOOC pagou um valor não divulgado por 500 mil barris de petróleo extraídos do Bloco de Sépia
A empresa chinesa CNOOC venceu o leilão de venda direta de petróleo da União realizado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) na última quarta-feira (21). A CNOOC pagou um valor não divulgado por 500 mil barris de petróleo extraídos do Bloco de Sépia, localizado na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro.
Essa foi a terceira carga de petróleo da União vendida pela PPSA desde que a Lei 13.679, de 2018, autorizou a estatal a comercializar diretamente o óleo que lhe cabe nos contratos de partilha de produção do pré-sal. Antes, a PPSA tinha que contratar agentes de comercialização para vender o petróleo em seu nome.
As duas primeiras cargas de petróleo da União, também do Bloco de Sépia, foram vendidas em agosto de 2022 e em julho de 2023, para as empresas Galp Energia Brasil e Petrobras, respectivamente. O Bloco de Sépia é operado pela Petrobras, que tem 42,5% de participação, em parceria com a Shell (25%), a Total (22,5%) e a CNOOC (10%).
Essa foi a primeira vez que a CNOOC comprou uma carga de petróleo da União. A empresa chinesa disputou o leilão com outras quatro concorrentes: Galp, Petrobras, Refinaria de Mataripe e Equinor. Todas as empresas que já operam no pré-sal brasileiro foram convidadas para participar, além da Prio (ex-PetroRio) e da Refinaria de Mataripe.
Segundo a PPSA, essa foi a venda mais competitiva já realizada pela União, com o maior número de participantes e o menor deságio em relação ao preço de referência. Além disso, foi a primeira vez que a PPSA usou o preço do petróleo tipo Brent, que é a referência do mercado internacional, como base para a venda. Antes, a PPSA usava o preço de referência definido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), que é calculado com base em uma cesta de óleos similares ao brasileiro.
A PPSA informou que pretende realizar novos leilões de venda direta de petróleo da União ainda este ano, de acordo com a disponibilidade das cargas e as condições do mercado. A estatal é responsável por gerir os contratos de partilha de produção do pré-sal, que prevêem que uma parcela do petróleo extraído seja entregue à União como pagamento pela exploração dos recursos.