O país contabilizou 1.017.278 casos prováveis e 214 mortes confirmadas pela doença

O Brasil registrou mais de um milhão de casos prováveis de dengue desde o início do ano, de acordo com dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses divulgados pelo Ministério da Saúde. O país contabilizou 1.017.278 casos prováveis e 214 mortes confirmadas pela doença, com outros 687 óbitos ainda em investigação.

O coeficiente de incidência da dengue no país é atualmente de 501 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Entre os casos prováveis, 55,4% são de mulheres e 44,6% de homens. A faixa etária dos 30 aos 39 anos continua sendo a mais afetada, seguida pelos grupos de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.

Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis, com 352.036 registros. No entanto, quando se considera o coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 3.612,7 casos por 100 mil habitantes.

O Distrito Federal é uma das unidades federativas que decretaram situação de emergência em saúde pública devido ao aumento expressivo de casos de dengue. Segundo o governador Ibaneis Rocha, as redes de saúde da capital, tanto públicas quanto privadas, entraram em colapso.

Januário da Cruz Silva, de 61 anos, é um dos pacientes que enfrentaram dificuldades ao buscar assistência médica. Ele teve que interromper seu trabalho com um caminhão de mudanças devido à dengue. Silva procurou atendimento médico em um hospital, mas sem sucesso, recorreu à Unidade Básica de Saúde (UBS) 1, do Paranoá, região administrativa no DF.

Glaucilene Cardoso, servidora de 44 anos, também levou a filha, Isabella Cardoso, de 9 anos, para ser atendida em uma UBS. A menina foi diagnosticada com dengue e covid-19. “Foram seis dias de tosse, febre e dores nos olhos e no corpo”, descreveu Glaucilene, citando a mistura de sintomas das duas doenças observada na filha. Apesar do susto, ela elogiou a dedicação das equipes de saúde. “Sempre prestam bom serviço por aqui”, afirmou.