Fiocruz alerta para cocirculação de covid-19 e gripe

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O alerta foi divulgado no Boletim InfoGripe

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um alerta sobre a alta nas hospitalizações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) ligadas à covid-19 no Centro-Sul do Brasil. Em alguns estados, há uma “cocirculação” com o vírus Influenza A, causador da gripe. O alerta foi divulgado no Boletim InfoGripe.

Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, descreveu a sobreposição das infecções de transmissão respiratória como preocupante. “É um cenário nacional que preocupa bastante. Praticamente todo o Centro-Sul com o crescimento associado à covid-19, alguns estados do Sudeste e do Sul com uma cocirculação – ou seja, circulando ao mesmo tempo covid-19 e influenza A”, disse Gomes.

Embora a covid-19 esteja gerando um número muito mais expressivo de internações do que a gripe, a circulação simultânea dos dois vírus foi observada. Alguns estados do Nordeste, em particular a Bahia, também mostram aumento de internações com uma associação bastante sugestiva da gripe.

Gomes recomenda que quem estiver com sintomas e sinais de infecção respiratória fique em casa e faça repouso. Se for indispensável sair, a recomendação é usar uma máscara PFF2 ou N95 para evitar a disseminação do vírus. Essas orientações valem especialmente para quem precisar ir a uma unidade de saúde.

A SRAG por covid-19 apresenta tendência de alta no Distrito Federal, Espírito Santo, em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo.

As associações entre a síndrome e a influenza A (gripe) se dão principalmente na Bahia, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo.

Segundo o boletim, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os vírus respiratórios que mais causaram os casos de SRAG foram influenza A (10,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%) e Sars-CoV-2/covid-19 (70,6%).

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