Inclusão financeira e renegociação de dívidas em foco no G20

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
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A inclusão financeira tem sido um dos temas mais discutidos no mundo

O diretor de assuntos internacionais e gestão de riscos corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, fez um balanço preliminar das reuniões da trilha de finanças do G20. Segundo ele, a inclusão financeira tem sido um dos temas mais discutidos.

Picchetti enfatizou a importância de integrar pessoas que estão à margem do sistema financeiro, não apenas em termos de quantidade, mas também de qualidade. Ele afirmou que dar acesso ao crédito é um passo fundamental para garantir melhores condições de vida e sustentabilidade.

As declarações foram feitas durante a Reunião de Ministros de Finanças e presidentes de Banco Central do G20, evento realizado no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Picchetti destacou o papel dos mecanismos brasileiros de pagamentos digitais, como o PIX, que têm ampliado o acesso dos brasileiros ao mercado financeiro e às condições de crédito. Ele mencionou que a criação de uma moeda digital e um sistema de tokenização de ativos, transformando ativos físicos em digitais, estão sendo amplamente discutidos.

Outro tema recorrente nas discussões é a renegociação de dívidas de países mais vulneráveis. Segundo Picchetti, há um esforço inicial dentro do G20, com o apoio de bancos multilaterais e do FMI (Fundo Monetário Internacional), para negociar as dívidas dos países menos favorecidos.

Há um consenso entre os países do G20 sobre a necessidade de implementar mecanismos financeiros para combater as mudanças climáticas e as desigualdades. Picchetti afirmou: “Estamos construindo um mundo mais justo e um planeta sustentável”.

Sobre a inflação, Picchetti disse que há um consenso no G20 de que os programas de transferência de renda, implementados principalmente para combater a pandemia do novo coronavírus, aumentaram a demanda, contribuindo para a elevação dos preços em todo o mundo. No entanto, ele afirmou que o mundo está vivendo um processo de desinflação.

Ele concluiu dizendo que a inflação é o elemento mais perverso para a população menos favorecida, principalmente a inflação de alimentos que temos vivido nos últimos tempos.

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