Conselho da Petrobras pode distribuir dividendos “em momento oportuno”

Foto: Arquivo/Agência Brasil
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O Conselho de Administração pode reavaliar a possibilidade de dividir parte ou a totalidade

O Conselho de Administração da Petrobras pode reconsiderar a decisão de não distribuir os dividendos extraordinários associados ao lucro do quarto trimestre “em momento oportuno”, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele fez a declaração após uma reunião no Palácio do Planalto na segunda-feira (11).

Silveira explicou que os lucros que não são obrigatórios para serem divididos, que estão além do mínimo estabelecido pela Lei das Sociedades Anônimas, foram direcionados para uma conta de contingência que remunera o capital. “Num momento oportuno, o Conselho de Administração pode reavaliar a possibilidade de dividir parte ou a totalidade”, disse Silveira ao chegar ao Ministério da Fazenda, acompanhado do ministro Fernando Haddad.

Silveira, Haddad e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reuniram por quase três horas na tarde de segunda-feira no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os dois ministros, a distribuição dos dividendos não foi discutida na reunião, e os participantes discutiram apenas os planos de investimento da Petrobras e a transição da empresa para a energia limpa.

Silveira enfatizou que a decisão sobre a distribuição ou não dos dividendos extraordinários é “dinâmica” e reiterou que os dividendos ordinários, estabelecidos pela Lei das Sociedades Anônimas, foram distribuídos corretamente. “O governo é controlador da Petrobras, mas trabalhamos para torná-la atrativa a investidores. Em nenhum momento, o governo perde a visão de dar previsibilidade aos investidores. O governo respeitou a previsibilidade da distribuição dos dividendos ordinários, que são obrigatórios”, afirmou.

O ministro de Minas e Energia destacou que o dinheiro não distribuído aos acionistas foi para uma conta de reserva de capital que está sendo remunerada. “O lucro da Petrobras foi para a conta de contingência que tem uma destinação própria, que é exatamente a distribuição dos dividendos no momento adequado que a governança da Petrobras decidir”, afirmou o ministro, destacando que a decisão caberá ao Conselho de Administração da estatal.

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