Campanha março azul alerta para prevenção do câncer de intestino
O lema da campanha é “Médico e paciente: uma parceria que salva vidas! Juntos na prevenção do câncer de intestino.”
A Campanha Março Azul, que prioriza a prevenção do câncer de intestino, está em pleno andamento na cidade ribeirinha de Óbidos, no Pará. A cidade, de difícil acesso e onde só se chega de barco, tem se beneficiado da campanha, que é resultado de uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).
Moradores de grupos de risco, com idades entre 50 e 70 anos, foram submetidos a exames de sangue oculto nas fezes. Aqueles cujo resultado foi positivo estão sendo submetidos a exames de colonoscopia para prevenir o câncer de intestino. O lema da campanha é “Médico e paciente: uma parceria que salva vidas! Juntos na prevenção do câncer de intestino.”
O presidente da SBCP, Hélio Moreira, informou que há expectativa de realizar 460 colonoscopias na população de Óbidos. Até agora, mais de 170 colonoscopias já foram realizadas. Dessas, dois pacientes foram diagnosticados com câncer de intestino e cerca de 35% foram diagnosticados com pólipos, ou lesões, que foram removidos e, consequentemente, tratados.
Moreira destacou a eficiência da prevenção no câncer de intestino. Diferentemente do câncer de mama ou de próstata, onde a recomendação para realização de exames de prevenção tem como objetivo diagnosticar a doença em um estágio precoce, no câncer de intestino, o rastreamento é para detectar lesões que ainda não viraram câncer. Quando tratadas com a remoção dessas lesões, evita-se que o indivíduo desenvolva o câncer.
Essas lesões, chamadas pólipos ou verrugas, surgem dentro do intestino. Com a colonoscopia, esses pólipos são tratados. Embora um pólipo tratado possa dar lugar a novos pólipos no futuro, o tempo entre o surgimento de um pólipo e sua transformação em câncer varia de 8 a 12 anos. Tirando esses pólipos agora, o médico pode recomendar a repetição desse exame para rastrear novos pólipos em um período longo, dando aos indivíduos a chance mínima de desenvolverem um câncer de intestino com esse tipo de rastreamento.