Família de criança alérgica que recebeu remédio mesmo com contraindicação será indenizada em Fortaleza

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O caso ocorreu em 2021, quando a vítima tinha apenas dois anos de idade.

O Estado do Ceará enfrenta agora uma ação de indenização por danos morais após um trágico episódio no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), em Fortaleza. Uma família viu sua vida virar de cabeça para baixo quando seu filho, alérgico à dipirona, recebeu o medicamento mesmo com a contraindicação.

O caso ocorreu em 2021, quando a vítima tinha apenas dois anos de idade. O pequeno paciente foi admitido na unidade para um delicado procedimento de reimplante ureteral, devido a uma má formação renal com a qual nasceu. O prontuário já alertava sobre sua alergia à dipirona, mas, lamentavelmente, no centro cirúrgico, o medicamento foi administrado.

O resultado foi devastador: a saúde da criança piorou drasticamente, e sua vida ficou em risco. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser reanimado, chegando a ficar entubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Diante dessa tragédia, os pais buscaram a Justiça para pleitear uma indenização por danos morais.

A criança já era acompanhada pelo hospital desde os 17 dias de vida, quando passou por uma cirurgia conhecida como nefrostomia, devido à sua má formação renal. O Estado, por sua vez, contestou a ação em duas ocasiões, alegando que a equipe médica havia conseguido preservar a vida e restaurar a saúde do menino.

No dia 4 de março de 2024, a 3ª Câmara de Direito Público votou de acordo com a relatora e manteve a sentença de 1º Grau inalterada. A família receberá uma indenização de R$ 15 mil reais, mas o vazio deixado pela perda irreparável permanece.

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