Paixão do povo sobralense
Enquanto a parte da população sobralense enfrenta o calvário da falta d’água, do lixo acumulado, dos esgotos a céu aberto, da falta de saneamento, da escassez de empregos, de segurança, de alimentos, da perseguição, dentre outros problemas, o Cesar da prefeitura manda dizer para o povo que o pagamento da zona está no sistema digital, onde será mais prático lesar todos os que desejam estacionar na terra santa.
Com suas dores, o povo vai à câmara, no entanto os Pilatos da situação lavam as mãos e entregam o povo à morte e a cidade à destruição. Que bom se esse episódio fosse só passagens bíblicas e não realidade vivida pelos sobralenses que, assim como os hebreus ou judeus, padecem da tirania de um protótipo de faraó, que só sabe cobrar impostos, taxas, multas e perseguir os mais humildes trabalhadores.
O tempo passa, no entanto, a perversidade humana continua da mesma forma de como no princípio. Remanescem dos judas, dos faraós, dos imperadores, dos cobradores de impostos e outros algozes.
A informação dada pelo funcionário da prefeitura de que o estacionamento na zona azul (que abrange quase todo o centro da cidade), passará a ser digital, economizando papel e a comissão dos vendedores de bilhetes, chega exata no momento em que não chega água nas torneiras, contudo, chega o papel da conta na caixa do correio, como mais um capitulo da série de castigos.