Desinformação: Fiocruz e UFF lançam guia para profissionais de saúde
O guia alerta para conteúdos prejudiciais à saúde que circulam em grupos de WhatsApp e nas redes sociais
A Universidade Federal Fluminense (UFF), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e três Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT, INCT-InEAC e INCT-DSI) lançaram o guia “Desinformação sobre saúde: vamos enfrentar esse problema”. O manual é voltado para profissionais de saúde e tem como objetivo prepará-los para dialogar com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre temas controversos que podem impactar o bem-estar da sociedade.
O guia alerta para conteúdos prejudiciais à saúde que circulam em grupos de WhatsApp e nas redes sociais, como Instagram, Facebook, Tik Tok e YouTube. Entre os conteúdos nocivos estão falsos medicamentos, campanhas contra vacinas, tratamentos milagrosos sem comprovação científica e receitas mágicas para emagrecer. O manual também oferece uma curadoria de cursos de educação midiática, indica espaços para checagem de informações de notícias sobre saúde e sugere uma lista de fontes confiáveis sobre o tema.
A desinformação sobre saúde pode impactar diretamente o bem-estar físico, mental e coletivo. Ela pode influenciar a opinião de uma pessoa e afetar suas escolhas na busca equilibrada pela saúde. À medida que as informações enganosas se propagam, elas afetam a sociedade ao estimular a falta de confiança na ciência e em políticas de saúde. A desinformação também pode causar confusão e pânico na população, dificultando respostas a crises sanitárias.
O guia destaca que a desinformação sobre as vacinas contra a covid-19 é um exemplo do impacto dessas informações falsas sobre saúde. As vacinas foram usadas para reduzir os danos da pandemia, mas muitas pessoas acreditaram em conteúdos que questionavam sua eficácia e não se vacinaram. As vacinas são recursos historicamente usados para enfrentar doenças infecciosas e foram essenciais para o fim da pandemia.
Os profissionais de saúde podem enfrentar a desinformação esclarecendo dúvidas com uma linguagem acessível ao cidadão, com o objetivo de desmistificar informações repassadas sem embasamento científico. Isso permite que as pessoas façam escolhas confiáveis na busca por mais saúde e direitos. Segundo a publicação, os profissionais de saúde podem colaborar nessa desmistificação oferecendo informações corretas, baseadas no conhecimento científico, e indicando fontes confiáveis para busca de informações sobre saúde.