Cientistas detectam explosão gigante de energia em estrela de nêutrons magnética

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Erupção de raios gama foi registrada em uma galáxia conhecida como Messier 82.

“A Via Láctea contém cerca de 30 magnetares, possivelmente muito mais, que não foram vistos emitindo explosões gigantes.”

A M82, apelidada de “galáxia do charuto” porque, quando vista de frente, tem um formato alongado e semelhante a um charuto, está a 12 milhões de anos-luz da Terra, na constelação Ursa Maior. O ano-luz é a distância que a luz viaja em um ano (9,5 trilhões de kms). A explosão gigante do magnetar da Grande Nuvem de Magalhães estava a cerca de 160 mil anos-luz da Terra.

A explosão gigante do M82 foi a mais distante da qual se tem conhecimento, mas não a mais energética. A de 2004 teve uma energia equivalente a cerca de 1 milhão de anos de produção do sol.

Embora existam eventos cósmicos mais energéticos, como as explosões supernova no final da vida de uma grande estrela e explosões de raios gama causados pela fusão de duas estrelas de nêutrons, esses eventos envolvem destruições, ao contrário das explosões gigantes.

Os magnetares também emitem surtos ocasionais de raios gama e raios X em níveis de energia mais baixos do que as explosões gigantes.

As nascem na explosão e no colapso de estrelas, com 8 a 25 vezes a massa do sol, no fim do seu ciclo de vida. Elas comprimem uma ou duas vezes a massa do sol em uma esfera do tamanho de uma cidade.

“São os objetos astrofísicos mais compactos e densos. Eles são tão densos quanto núcleos atômicos”, disse a astrofísica do INAF e co-autora do estudo, Michela Rigoselli, sobre as estrelas de nêutrons. 

A principal característica que diferencia os magnetares de outras estrelas de nêutrons é um campo magnético de 1 mil a 10 mil vezes mais forte do que o magnetismo normal de uma estrela de nêutron e um trilhão de vezes maior que o sol.

“Podemos dizer que os magnetares são estrelas de nêutrons alimentadas pela sua própria energia magnética. Isso não acontece em estrelas de nêutrons comuns”, disse.

“Uma explosão gigante se origina de uma reconfiguração e uma reconexão do campo magnético do magnetar”, acrescentou Rigoselli.

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