Retomada da Usina Nuclear Angra 3 é prevista para o segundo semestre

Foto: Divulgação/Governo Federal
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A consulta pública para a estruturação do processo teve início em 21 de março

A construção da Usina Nuclear Angra 3, localizada em Angra dos Reis, na região da Costa Verde, no Rio de Janeiro, deve ser retomada no segundo semestre deste ano. O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, afirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entregará um estudo independente de modelagem econômico-financeira, orçamentação e a parte jurídica do projeto em julho.

A consulta pública para a estruturação do processo teve início em 21 de março. O processo envolve a elaboração de minuta do edital de licitação e do contrato de serviços de engenharia, gestão de compras e construção. Segundo Lycurgo, o objetivo é apurar ajustes que devem ser feitos e obter críticas construtivas para a minuta de futura licitação, bem como do contrato.

A documentação será entregue à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para validação e, em seguida, encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU), e depois ao Conselho Nacional de Pesquisa Energética (CNPE), que tem a incumbência legal de aprovar a modelagem e a tarifa.

Lycurgo espera que a aprovação ocorra até o final do terceiro trimestre de 2024, abrindo caminho para a licitação pública até o final do primeiro semestre de 2025. A retomada das obras está prevista para o segundo semestre deste ano, com a expectativa de que Angra 3 esteja pronta e funcionando até 2030, gerando trabalho, renda e emprego.

O presidente da Eletronuclear não citou números, em termos de investimentos já efetuados nem de recursos futuros necessários para a conclusão de Angra 3. Segundo ele, todo o estudo de orçamentação e apuração para complementar a obra são de competência do BNDES.

O projeto de Angra 3 é de 1980 e, de acordo com Lycurgo, cerca de 65% do projeto já está pronto. Cerca de 11,5 mil equipamentos foram comprados e são mantidos dentro da própria Central Nuclear. Ele esclareceu que alguns equipamentos nucleares demoram até três anos para serem construídos, entre compra e entrega, e que a paralisação da obra civil não significa que o projeto esteja parado.

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