Imagens de satélite mostram deslizamento com 2 mil soterrados em Papua-Nova Guiné

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Imagens de satélite capturadas antes e depois de um deslizamento de terra mortal atingir a província de Enga, em Papua-Nova Guiné, revelaram a extensão dos danos causados pela tragédia. O deslizamento de terra, que ocorreu nas primeiras horas de sexta-feira (24), soterrou mais de 2.000 pessoas, deixando a região devastada e dificultando os esforços de resgate.

O ministro da Defesa, Billy Joseph, relatou que cerca de 4.000 pessoas viviam em seis aldeias remotas e montanhosas na área de Maip-Mulitaka, onde o deslizamento ocorreu. Inicialmente, as Nações Unidas estimaram que cerca de 100 pessoas poderiam ter morrido, mas esse número foi posteriormente revisado para 670, de acordo com o chefe da Missão da Organização Internacional para as Migrações da ONU no país.

Lusete Laso Mana, Diretora Interina do Centro Nacional de Desastres, descreveu a situação como instável, com o deslizamento ainda representando um perigo constante para as equipes de resgate e sobreviventes. A principal estrada para a área foi completamente bloqueada pelos escombros, tornando as operações de resgate ainda mais desafiadoras.

A remota aldeia de Kaokalam, localizada a cerca de 600 quilômetros da capital Port Moresby, foi atingida pelo deslizamento. A área afetada era do tamanho de quatro campos de futebol, e mais de 150 casas na aldeia de Yambali foram soterradas. As autoridades alertaram que a região continua sendo um “risco extremo”, com rochas continuando a cair e o solo exposto a pressões crescentes.

Com uma população de cerca de 10 milhões de habitantes, Papua-Nova Guiné enfrenta desafios adicionais devido ao seu terreno montanhoso e à falta de infraestrutura rodoviária. O acesso à área afetada é especialmente difícil, complicando ainda mais os esforços de resgate.

Pierre Rognon, professor associado da Escola de Engenharia Civil da Universidade de Sydney, destacou que encontrar sobreviventes após um deslizamento de terra é particularmente desafiador.

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