A suposta autoridade policial

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O coronel Virgílio Távora, quando governador do Ceará, em relação ao abuso de autoridade de policiais militares de sua época, disse, de maneira engraçada que: “quem dera um governador tivesse a metade do poder que um soldado pensa que tem, seria maravilhoso”. A frase deixou claro o repúdio do chefe do Estado aos policiais que se arvoravam do suposto poder que o cargo, a farda e a arma lhes permitiam.

O tempo se foi, Virgílio se foi, no entanto o suposto poder de alguns fardados ainda é muito vigente e repudiado pela sociedade. Infelizmente esse comportamento compulsivo de impor uma utópica autoridade ainda alimenta a ego adoecido dos que se sentem com mais poder que um governador, quando na verdade não passam de servidores públicos e empregados do povo.

Alguns episódios protagonizados pela Guarda Civil de Sobral remetem não só ao tempo de Virgílio, mas de todos os períodos históricos, isto porque o abuso de poder, a arrogância e a prepotência ocupam o DNA de muitos que encéfalos. A verdadeira autoridade é educada, delicada, passiva, paciente, compreensiva e prestativa. Tais atributos deveriam compor o kit que traz a farda, a arma e o suposto poder.

É importante salientar que essa falta de modos da minoria dos guardas de Sobral advém da falta de critério e respeito da gestão municipal, que não dá importância ao cidadão, nem tampouco aos seus direitos, agindo como se Sobral não passasse de um feudo e sua gente de plebeus.

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