O poder é dos que pensam
A ciência ainda há que fazer muitos estudos para definir a razão de algumas preferências humanas, seja por lugares, pessoas, atividades, artistas, esportes, literaturas, sexo, raça, religião e muitos outros caracteres integrantes do nosso meio. Há, logicamente, sentimentos que não se explicam, tais como: amar a quem não nos ama, gostar de quem nos maltrata, acreditar em quem nunca fala a verdade, dentre outros.
Esse modelo de ficar preso a quem o maltrata, geralmente é característico dos irracionais, a exemplo do burro, que apanha para puxar carroça; do cão que é acorrentado e instigado a ser violento; do cavalo que é chicoteado para andar veloz… Há muitos outros exemplos, contudo, os aqui citados já são bastante para suficientes para que se faça uma analogia com os racionais presos a interesses financeiros, políticos ou religiosos, chegando ao ponto de renunciar a si e aos seus, em troca de dinheiro, favores e salvação.
Para os irracionais o livre arbítrio não funcionaria, isso porque eles não têm representação, leis e organização, ao contrário dos racionais que são contemplados e, contudo, não se posicionam em favor de suas liberdades, do direito à participação, à igualdade e outros aspectos que lhes beneficie, preferindo subsistir como marcha de manobra, aplaudindo e eternizando no poder os que mais lhe maltratam. O mais triste desse contexto milenar é a incapacidade, ou mesmo a dificuldade que algumas pessoas têm de se sentirem altivas e poderosas, ao contrário de abrir mão das boas condições em troca de migalhas dos que as humilham.