A guerra civil que não se admite
Vendo o crescimento da violência em todo o país, se chega à conclusão de que vivenciamos uma guerra civil, um conflito violento em que grupos organizados de uma mesma nação, que disputam o poder. O objetivo é assumir o controle de determinada região ou de toda uma nação, para conseguir poder e dinheiro.
Logicamente que esse fato não incomoda às autoridades brasileiras, que já se acostumaram com tal realidade, e banalizam as ações do dia a dia praticadas pelas facções, pelas milícias, os comandos e outras organizações, que estão evoluindo, se multiplicando, se empoderando e ameaçando à segurança nacional.
Os tiroteios diários, a matança de jovens e o desespero das mães e da sociedade não chegam a atrapalhar o sono profundo das forças militares, de cujos membros se aquartelam para sonhar com ataques externos, enquanto a soberania nacional está sendo ultrajada e dominada pelo medo. Essa falta de empatia com o sentimento nacional causa estranheza e a sensação de abandono ao povo que clama por segurança e justiça.
Sobral, quem diria, uma cidade antes tão pacífica e ordeira, transformou-se num campo de guerra, em que se vê a população exposta, sem resposta e proposta dos poderes, que não mais a protegem e sim calam e se retraem como tartarugas dentro de seus cascos. Essa é a forma mais perversa de tratar os cidadãos, que por sua vez ficam como baratas em salão de festa. Que Deus abrevie esse padecer e mude essa realidade que tanto nos faz mal.