Coalizão de esquerda conquista maior número de cadeiras na Assembleia da França

Foto: Caroline Blumberg/EPA/Direitos Reservados
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O movimento deve colaborar para o avanço de um acordo para viabilizar a governabilidade

Em uma reviravolta entre o primeiro e o segundo turno, a coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) obteve o maior número de cadeiras na Assembleia Nacional da França, nas eleições legislativas deste domingo (7/7), mas não conseguiu formar maioria e terá de negociar com o centro para governar.

Ao todo, a NFP conquistou 182 assentos — bem abaixo das 289 cadeiras necessárias para formar maioria. A coalizão de centro-direita, apoiada pelo presidente francês Emmanuel Macron, ficou em 2º lugar, com 168 assentos. Já a extrema direita, representada por Marine Le Pen, que saiu vitoriosa do 1º turno na semana passada, ficou em 3º neste domingo, com 143 assentos. Demais partidos tiveram menos de 100 representantes.

Os números são do jornal francês Le Monde. Segundo o Ministério do Interior da França, quase 60% dos franceses compareceram às urnas neste domingo, maior participação para eleições legislativas desde 1981.

Após a divulgação das projeções que apontavam a vitória do grupo de esquerda, o primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, anunciou que colocará o cargo à disposição nesta segunda-feira (8/7).

O Palácio do Eliseu, residência oficial da presidência da república da França, emitiu um comunicado em que o presidente Macron promete respeitar o resultado das eleições legislativas antecipadas que aconteceram no país. Caberá ao presidente francês fazer a nomeação de um novo primeiro-ministro. Ainda não há previsão de quando isso vai ocorrer.

Já Marine Le Pen afirmou que a vitória de seu grupo foi “apenas adiada”. “A maré está subindo. Desta vez, não subiu o suficiente, mas continua subindo e, consequentemente, nossa vitória apenas foi adiada”, declarou a líder da extrema direita, em entrevista à emissora TF1.

Como não conquistou os 289 assentos, a coalizão de esquerda Nova Frente Popular precisará de aliados para chegar à maioria absoluta. Ao longo dos últimos dias, eles se uniram ao centro com o objetivo de derrotar a extrema direita. O movimento deve colaborar para o avanço de um acordo para viabilizar a governabilidade.

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