Quem planta colhe

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Há dezenas, centenas e até milhares de ditos populares, frases célebres ou clássicas, repetindo de diversas formas a certeza de que ‘colhemos o que plantamos’. Os episódios de repúdio aos vereadores de Sobral, que votaram a favor da taxa do lixo, é apenas um dos muitos manifestos com os quais a população passa a dar resposta à atitude perversa da instituição da taxa no município de Sobral, que veio comprometer o orçamento da maioria das famílias.

O repúdio, logicamente, se estende à pré-candidata apoiada pelo Paço Municipal, já que foi ela a autora do decreto que instituiu a cobrança da referida taxa no âmbito estadual. Pegou mal para gregos, troianos e britânicos que participaram da esfola do contribuinte. Cobrar impostos e taxas de assalariados é uma ação mais que desumana, sabendo-se que um salário mínimo não dá nem mesmo para suprir necessidades básicas como o alimento e o remédio.

A revolta do sobralense divide-se em três pontos que são: a pressa pela cobrança, os valores abusivos e a frieza da gestão, que tem como característica de destaque a criação de impostos, taxas e multas. A dureza do Paço criou um descompasso na vida do povo sobralense, que agora quer dar um basta ao sistema que impera no município.

O limite da paciência do povo voou com a gaiola, evidenciando cenários de reações contrárias aos que participaram do ato impiedoso. O protesto em si é mais que justo, contudo, não deve comprometer a moral e a integridade física dos representantes do povo, até porque eles são os frutos das sementes que foram plantadas nas urnas e que agora estão vingaram

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