OMS analisará surto de Mpox na África e risco de disseminação global

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo
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O aumento dos casos agravado por uma mutação recente facilitou a transmissão de pessoa para pessoa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou uma nova mobilização em resposta ao agravamento do surto de mpox na África, especialmente na República Democrática do Congo. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, comunicou nesta quarta-feira (7) em sua conta na rede social X que o comitê de emergência será convocado para avaliar a situação e o potencial de disseminação internacional da doença.

O aumento dos casos de mpox, agravado por uma mutação recente que facilitou a transmissão de pessoa para pessoa, gerou preocupação em escala global. A doença, que já causou mais de 479 mortes na República Democrática do Congo desde o início do ano, tem se expandido para fora das fronteiras do país, com suspeitas emergentes na província de Kivu do Norte.

A mpox, uma doença viral zoonótica, pode ser transmitida através do contato com animais silvestres infectados, pessoas portadoras do vírus ou materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, e, em casos graves, a doença pode ser fatal se não tratada. Embora a maioria dos pacientes se recupere em um mês com tratamento de suporte, a cepa atual na República Democrática do Congo apresenta uma taxa de mortalidade preocupante, muito superior à de outras regiões da África.

Tedros reforçou que o comitê será composto por especialistas de diversas áreas e regiões do mundo, que se reunirão com urgência para avaliar o cenário e discutir as medidas necessárias para conter a disseminação da doença. Ele também destacou a importância de uma resposta internacional robusta e coordenada, similar ao que foi realizado durante a pandemia de covid-19.

Embora a OMS tenha declarado em maio de 2023 que a mpox não configurava mais uma emergência de saúde pública de importância internacional, o recente aumento de casos na África e o risco de transmissão global estão forçando uma reavaliação. Tedros reiterou que, apesar do fim do status de emergência, a mpox continua sendo uma ameaça significativa à saúde pública, especialmente para pessoas com HIV não tratado.

A situação em evolução demanda que os países mantenham suas capacidades de teste, monitorem os riscos, e estejam preparados para agir rapidamente. O alerta da OMS sublinha a necessidade de vigilância contínua e de respostas proativas para evitar que o surto se transforme em uma crise global.

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