Servidores do INSS pedem apoio de deputados para encerrar Greve

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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A paralisação busca pressionar por um reajuste salarial

Representantes dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) compareceram à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (14) para solicitar o apoio dos parlamentares na negociação com o governo federal visando o fim da greve da categoria, que já se estende por 29 dias desde seu início em 16 de julho. A paralisação busca pressionar por um reajuste salarial, incorporação de gratificações ao vencimento básico, a realização de concursos públicos e melhorias nas condições de trabalho.

A reunião foi promovida pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara, onde os servidores expressaram suas preocupações sobre a precariedade das condições de trabalho e criticaram a terceirização de serviços do INSS. Thaize Antunes, representante da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), destacou a falta de equipamentos adequados, a lentidão da internet e sistemas obsoletos como principais problemas enfrentados pelos trabalhadores.

O presidente da comissão, deputado Glauber Braga (Psol-RJ), propôs a elaboração de um documento, em conjunto com a federação, a ser enviado à ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, solicitando a abertura imediata de um canal de negociação. A crítica à terceirização também foi um ponto central, com Lídia de Jesus, da Fenasps da Bahia, mencionando que R$ 8 bilhões têm sido gastos com essa prática, recursos que poderiam ser direcionados para a valorização da carreira, aumento salarial, e estruturação das agências do INSS.

Outro tema abordado foi o modelo remuneratório atual, que Cristiano Machado, da Fenasps de São Paulo, afirmou ser insustentável, uma vez que o vencimento básico dos servidores é inferior ao salário mínimo, com gratificações representando 80% da remuneração total. Machado também alertou sobre o adoecimento de servidores devido ao excesso de trabalho, apontando a necessidade urgente de novas contratações para lidar com o acúmulo de processos.

Apesar da proposta do Ministério de Gestão e Inovação de um ganho acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026, os sindicatos consideram o percentual insuficiente e continuam em greve, exigindo um reajuste de 33%. A busca por uma solução negociada continua, com os servidores esperando que a intervenção dos deputados possa abrir caminho para um desfecho positivo da paralisação.

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