Voepass lida com impactos de acidente em vinhedo e suspende vendas de passagens
A empresa tomou a medida para reorganizar sua malha aérea
A queda do turboélice ATR 72-500, que operava o voo 2283 e resultou na morte de 62 pessoas em Vinhedo (SP) no último dia 9, levou a companhia aérea Voepass a suspender a venda de passagens para diversos destinos até o final de agosto. A empresa tomou essa medida para reorganizar sua malha aérea, o que tem gerado atrasos e cancelamentos em voos que partem ou chegam a aeroportos como os de Fortaleza, Natal e Fernando de Noronha.
A suspensão das vendas abrange voos que interligam Fortaleza e Natal, além de rotas que conectam essas cidades a Fernando de Noronha e Juazeiro do Norte. A operadora do aeroporto de Fernando de Noronha confirmou que, desde o dia 12, a Voepass não tem realizado voos entre o arquipélago e as cidades de Fortaleza e Natal. A companhia mantém apenas dois voos diários entre Recife e Fernando de Noronha, com prioridade para passageiros que compraram bilhetes pela Latam, parceira comercial da Voepass.
Após o acidente, consumidores insatisfeitos com a Voepass vêm relatando dificuldades em obter reembolsos ou realocações de voos cancelados, com queixas registradas em plataformas como o Reclame Aqui. A Voepass reconhece os contratempos e afirma estar trabalhando para minimizar os transtornos, realocando passageiros em outros voos. Contudo, a empresa não divulgou o número exato de voos cancelados desde o incidente.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que regula e fiscaliza as atividades de aviação civil no Brasil, está monitorando de perto a situação e se reuniu com representantes da Voepass para discutir medidas que garantam a normalidade das operações. A Anac informou que, após priorizar a assistência às famílias das vítimas, iniciou uma operação assistida para assegurar que a Voepass mantenha a prestação de seus serviços em condições adequadas, intensificando a vigilância sobre a empresa.
A Anac também orienta os passageiros afetados por atrasos ou cancelamentos a contatarem a companhia aérea, que deve cumprir as regras previstas na Resolução nº 400, que trata das condições gerais para o transporte de passageiros. A resolução exige que as empresas mantenham os passageiros informados sobre atrasos e ofereçam assistência material conforme o tempo de espera.
No cenário atual, a Voepass enfrenta um desafio significativo para restaurar a confiança de seus clientes e garantir a continuidade de suas operações, enquanto o impacto do acidente em Vinhedo ainda reverbera pelo setor aéreo brasileiro.