A principal recomendação para a população é prestar atenção ao sinal inicial do linfoma

O linfoma, um dos dez tipos de câncer mais comuns no Brasil, deve registrar 15.120 novos casos em 2024. Esse tipo de câncer no sangue, quando não tratado, pode levar a sintomas graves como febre, suor noturno e perda de peso. Para aumentar a conscientização sobre a doença, a campanha Agosto Verde-Claro, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), destaca a importância do diagnóstico precoce, que pode ser crucial para a recuperação e cura.

A principal recomendação para a população é prestar atenção ao sinal inicial do linfoma: o surgimento de caroços indolores em áreas como pescoço, virilhas e axilas. Esses nódulos podem ser confundidos com infecções locais, mas se o crescimento for espontâneo e progressivo, é fundamental procurar um oncologista, especialmente se houver febre e perda de peso associadas.

Nos últimos anos, o tratamento do linfoma avançou significativamente. Um exemplo é a aprovação, pela Anvisa, do Epcoritamabe, um anticorpo biespecífico para tratar o linfoma difuso de grandes células B recidivado ou refratário. Esse é o subtipo mais comum dos linfomas não Hodgkin, que responde por 30% dos casos. Essa nova terapia, que utiliza engenharia genética para atacar as células cancerígenas, deve em breve ser aplicada a outros tipos de linfoma.

Os linfomas são divididos entre Hodgkin e não Hodgkin, com o primeiro representando 20% dos casos e afetando principalmente jovens e idosos. O linfoma de Hodgkin, geralmente, tem um bom prognóstico e alta chance de cura. Já o linfoma não Hodgkin inclui cerca de 50 subtipos, mais comuns em adultos e idosos, sendo a maioria deles de células B.

A classificação dos linfomas também distingue entre os tipos agressivos, que se espalham rapidamente e exigem tratamento imediato, e os indolentes, que crescem lentamente e podem ser acompanhados sem intervenção emergencial. O tratamento do linfoma inclui uma variedade de abordagens, como quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e até terapias avançadas como a CAR-T-cell, uma forma de terapia celular que modifica geneticamente as células T para combater o câncer.

A campanha Agosto Verde-Claro reforça que a detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para aumentar as chances de cura e minimizar os impactos do linfoma na vida dos pacientes.