Onde estão os jovens profissionais?
Poucos são os que se propõem a adquirir e preservar seu nome, junto ao mercado
Chega a ser intrigante o fato de termos tantas escolas profissionalizantes e ao mesmo tempo carência de profissionais em todas as áreas de serviços. Isto nos leva à dúvida se é problema das escolas ou dos estudantes. Formar profissionais e jogá-los no mercado é antes de tudo um ato irresponsável, uma vez que eles deveriam ser disponibilizados através de entidades credenciadas, de modo a ganhar notoriedade e, consequentemente, uma maior procura.
Quem trabalha na construção civil, nas indústrias de transformação ou oferta de serviços, sabe muito bem do quanto é difícil encontrar profissionais competentes e compromissados. Poucos são os que se propõem a adquirir e preservar seu nome, junto ao mercado. É a partir dessa realidade que advém a pergunta: cadê os jovens das escolas profissionalizantes? Por que não estão ligados a uma associação ou a sistemas integrados que ajudem à sociedade em geral a ter suas demandas domésticas atendidas e solucionadas?
Muito se escuta de diversos segmentos do mercado de trabalho que há uma enorme demanda de profissionais em quase todas as áreas, seja para consertar um cano, uma pia, o chuveiro, o fogão, o ventilador, o liquidificador, a lavadora… E por aí vai. Acrescenta-se aí a falta de referência e a indisponibilidade desse pessoal, que só trabalha quando quer e ignora as necessidades alheias. Portanto, é por demais importante que se reflita quanto a esse contexto, no sentido de que as escolas de formação não caiam no descrédito e seus estudantes continuem anônimos no mercado.