Inflação preliminar de agosto cai, mas transportes pesam no índice
O último índice ficou abaixo dos 4,45% registrados no período anterior, de agosto de 2023 a julho de 2024
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), mostrou uma desaceleração em agosto, registrando uma taxa de 0,19%. Este resultado marca uma redução em relação às prévias de julho (0,30%) e agosto do ano passado (0,28%). Os dados, divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que o IPCA-15 acumula uma alta de 3,02% nos primeiros oito meses de 2024, e de 4,35% nos últimos 12 meses. Este último índice ficou abaixo dos 4,45% registrados no período anterior, de agosto de 2023 a julho de 2024.
No cenário de agosto, os transportes foram o principal responsável pelo aumento dos preços, apresentando uma alta de 0,83%. Esse setor foi impactado significativamente pelos aumentos nos preços da gasolina (3,33%), combustíveis (3,47%), etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%).
Por outro lado, o grupo de alimentos foi a exceção, registrando uma deflação de 0,8%, similar à observada no mês anterior, quando a taxa foi de -0,44%. Entre os alimentos que tiveram queda de preços destacam-se o tomate (-26,59%), batata-inglesa (-13,13%) e cebola (-11,22%). Entretanto, as refeições fora de casa sofreram uma inflação de 0,49%.
Outros grupos de despesas também apresentaram variações no índice: educação subiu 0,75%, artigos de residência tiveram alta de 0,71%, despesas pessoais cresceram 0,43%, saúde e cuidados pessoais aumentaram 0,27%, habitação avançou 0,18%, comunicação subiu 0,09% e vestuário também teve uma alta de 0,09%.