Outro ponto de preocupação é a necessidade da inteligência artificial respeitar as leis de direitos autorais e evite perpetuar estereótipos e discriminações

Nesta quinta-feira (29), as comissões de Cultura e de Trabalho da Câmara dos Deputados se reúnem para discutir o impacto do uso de inteligência artificial (IA) no setor cultural da dublagem. O debate, que será realizado às 14 horas no plenário 12, foi solicitado pela deputada Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP), preocupada com o futuro dos profissionais humanos diante dos avanços tecnológicos.

A deputada Luciene Cavalcante enfatiza a importância de garantir que a IA não substitua os dubladores, ressaltando que “a expressão vocal e a interpretação artística são qualidades únicas que só profissionais humanos podem oferecer.” Ela defende que a regulamentação do uso de IA deve buscar um equilíbrio, utilizando a tecnologia como uma ferramenta complementar ao trabalho humano, sem eliminar a essência artística da dublagem.

Outro ponto de preocupação levantado pela deputada é a necessidade de que a inteligência artificial respeite as leis de direitos autorais e evite perpetuar estereótipos e discriminações. Para Luciene, é essencial que a regulamentação seja inclusiva e que todos os envolvidos no setor sejam consultados durante o processo, garantindo que as decisões tomadas beneficiem tanto os profissionais quanto o público.

O debate promete levantar questões cruciais sobre o futuro do trabalho artístico no Brasil, em um momento em que a IA está se tornando cada vez mais presente em diversas áreas da cultura. A audiência pública será uma oportunidade para discutir como a tecnologia pode ser integrada de maneira ética e responsável, preservando o papel insubstituível dos profissionais humanos na criação e interpretação artística.