Starlink: entenda como funcionam os satélites da empresa de Elon Musk

Foto: Starlink/Reprodução/Instagram
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A empresa de Musk tem atualmente 224,5 mil clientes no Brasil, com cerca de um terço concentrado na região Norte

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, solicitou o bloqueio das contas da Starlink no Brasil, subsidiária da SpaceX, em um movimento que intensifica o embate entre o Supremo e o bilionário Elon Musk, proprietário da empresa e da rede social X, anteriormente conhecida como Twitter. A medida surge em meio a uma série de tensões envolvendo a plataforma de mídia social e o STF.

A Starlink, que lidera o mercado de conexão via satélite no Brasil e ocupa a 16ª posição no fornecimento de acesso à internet no país, é conhecida por levar internet a áreas remotas, onde a conexão tradicional é escassa ou inexistente. A empresa de Musk tem atualmente 224,5 mil clientes no Brasil, com cerca de um terço concentrado na região Norte, onde o acesso à internet costuma ser mais limitado. Boa Vista, capital de Roraima, destaca-se como a cidade com maior número de assinantes da Starlink.

A tecnologia da Starlink se diferencia por utilizar uma rede de satélites em órbita baixa, a cerca de 550 km da Terra, permitindo uma menor latência na conexão. Isso significa que o tempo de resposta para o envio e recebimento de dados é reduzido, proporcionando velocidades de download entre 100 Mb/s e 200 Mb/s. Essa baixa latência torna a conexão da Starlink mais eficiente para atividades que demandam alta taxa de transferência de dados, como streaming, jogos on-line e chamadas de vídeo, em comparação com os satélites geoestacionários tradicionais, que operam a uma altitude de 35 mil km e apresentam maior tempo de resposta.

A Starlink, com mais de 6 mil satélites em órbita, é a única empresa capaz de lançar seus próprios satélites ao espaço, graças à tecnologia da SpaceX. No entanto, o pedido de bloqueio por parte do STF coloca em risco a continuidade desse serviço no Brasil, afetando milhares de usuários em áreas remotas que dependem dessa conexão para se manterem conectados ao restante do país e do mundo.

A decisão de Moraes ocorre em um contexto de crescente tensão entre o governo brasileiro e Musk, cujo controle sobre a Starlink e a rede X tem sido objeto de controvérsia, especialmente no que diz respeito ao papel dessas plataformas na disseminação de informações e sua influência no debate público no Brasil.

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