Vítima não sabia nadar e estava sem colete salva-vidas. Park Aquático JD afirma que passeio de caiaque não estava disponível, e jovem foi orientado a não pegar o equipamento.

A irmã de Mário Douglas, jovem de 21 que morreu afogado durante um passeio de caiaque em um parque aquático, afirmou que o equipamento ele usava virou porque estava furado. O caso foi ocorreu no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, na manhã de domingo (1º).

Thalia Santos afirmou que o primo dela sentou no caiaque e desistiu de ir para água, pois percebeu que o mesmo estava furado.

“Meu primo foi até lá e sentou e o caiaque ficava virando, porque estava furado. Meu irmão estava em outro e meu primo até falou com ele. Você vai nesse e tal? Ele disse que sim”, disse.
A irmã da vítima ainda relatou que viu de longe o irmão pedir ajuda após o caiaque virar. “Quando ele chegou em certo ponto, a gente percebeu que o caiaque virou. E ele começou a ficar acenando pedindo por socorro. Nós já começamos a ficar preocupados e achar que ele estava se afogando.”

Ainda segundo Thalia, o irmão estava desesperado pedindo socorro. Ela recorda que várias pessoas entraram na água, mas não conseguiram fazer o resgate.

“E aí, um rapaz foi nadando. Enquanto isso, ele ficou lá, a gente ainda conseguia ver. Tanto a cabeça dele como as mãos, ele estava bem desesperado. O rapaz foi nadando, outras pessoas tentaram ainda pegar o caiaque para poder ir, né, para ver se era mais rápido, mas não conseguiam sair.”

Conforme o Corpo de Bombeiros, testemunhas relataram aos agentes que o jovem não sabia nadar e estava sem o colete salva-vidas quando o caiaque virou no meio de um açude, fazendo ele se afogar.

Ainda segundo os bombeiros, os mergulhadores da corporação fizeram mergulho em profundidades entre 3,5 e 6 metros. Após 40 minutos de buscas, o corpo do jovem foi encontrado submerso, sem vida.

Após o resgate do corpo, equipes da Polícia Militar e da Perícia Forense foram acionadas ao local. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social informou que o caso será investigado pela Delegacia Metropolitana de Aquiraz.

Segundo o Park Aquático JD, o passeio de caiaque não estava disponível, e o jovem pegou o equipamento sem autorização, mesmo após ser advertido por um funcionário e pelos próprios amigos.

“O garçom pediu para que ele não fosse, os amigos dele também alertaram, porque sabiam que ele não sabia nadar. Compreendemos a dor da família. […] Nos dias em que funciona o passeio de caiaque, o [colete] salva-vidas é dado assim que o ingresso é comprado”, disse o parque aquático.

Fonte: G1