Inca e fiocruz firmam parceria para combater uso de cigarros eletrônicos
O objetivo das instituições é divulgar e produzir conhecimentos científicos que exponham os riscos à saúde associados ao uso desses produtos
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) uniram forças em uma cooperação técnica para fortalecer as políticas públicas de controle do tabagismo, com foco nos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), popularmente conhecidos como cigarros eletrônicos. O objetivo das instituições é divulgar e produzir conhecimentos científicos que exponham os riscos à saúde associados ao uso desses produtos, em resposta ao marketing agressivo da indústria do tabaco.
O diretor-geral do Inca, Roberto Gil, afirmou que o compromisso da parceria é baseado em evidências científicas. Ele destacou que os cigarros eletrônicos causam sérios danos à saúde e que a sustentabilidade do sistema de saúde depende do combate a fatores de risco de doenças crônicas, como o tabagismo. “A conta chega lá na frente. Por isso temos que agir agora”, disse Gil.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, reforçou o apoio da instituição à decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir os DEFs no Brasil. Para Moreira, a regulamentação desses dispositivos atende apenas a interesses comerciais, sem levar em conta a saúde pública. Ele ressaltou que a parceria entre Fiocruz e Inca é crucial para gerar novas evidências científicas sobre os impactos negativos dos cigarros eletrônicos, especialmente entre os jovens.
As instituições planejam manter um grupo permanente de trabalho para a produção contínua de dados científicos e econômicos, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre os malefícios dos cigarros eletrônicos e reforçar o controle do tabagismo no país. A primeira reunião conjunta ocorreu na terça-feira (10), marcando o início desse esforço coordenado.