Ainda é incerto se o cometa será visível a olho nu

Um dos eventos astronômicos mais aguardados deste século está prestes a acontecer. O cometa C/2023 A3, apelidado de “Cometa do Século”, atingirá sua maior aproximação da Terra no próximo domingo, 13 de outubro, a uma distância de cerca de 70,7 milhões de quilômetros. De acordo com o pesquisador Filipe Monteiro, do Observatório Nacional (ON), o periélio, ponto de maior proximidade com o Sol, já ocorreu em 27 de setembro.

Nos últimos meses, o cometa esteve ofuscado pelo brilho solar devido à sua baixa elongação, dificultando a observação. Apenas na semana de 22 de setembro foi possível vê-lo ao amanhecer. Agora, entre os dias 7 e 11 de outubro, ele voltará a se aproximar do Sol, mas a partir de meados do mês, o cometa poderá ser visto logo após o pôr do sol.

Ainda é incerto se o cometa será visível a olho nu, pois seu brilho pode variar de maneira imprevisível. Monteiro alerta que pode ser necessário o uso de binóculos ou telescópios para uma observação mais nítida. Para uma melhor visualização, é recomendado buscar locais longe da poluição luminosa, mirando o horizonte leste nas primeiras horas da madrugada. Após o pôr do sol, na segunda metade de outubro, será possível observá-lo no horizonte oeste, enquanto ele passa pelas constelações do Sextante, Serpente e Ofiúco.

A denominação “Cometa do Século” se deve à semelhança de brilho com o famoso cometa Hale-Bopp, visto em 1997. O C/2023 A3 é classificado como um cometa não periódico, vindo da distante Nuvem de Oort, o que significa que sua passagem pelo Sistema Solar pode ser única ou ocorrer novamente apenas em milhares de anos.

O cometa foi descoberto em janeiro de 2023 pelas instituições Tsuchinshan e ATLAS, de onde deriva seu nome. Composto por poeira, rochas e gelo, o cometa vai liberando gases à medida que se aproxima do Sol, formando sua cauda característica. Para os amantes da astronomia, este será um dos fenômenos celestes mais impressionantes dos últimos anos.