Homens de 20 a 39 anos têm três vezes mais chance de morrer do que mulheres no Ceará

Compartilhe

População masculina está mais sujeita às mortes por causas externas ou violentas, como homicídios, suicídios e acidentes de trânsito. Ao todo, dos 50 mil óbitos registrados no Estado em 2022, vítimas homens foram 30.216 casos, enquanto mulheres somaram 25.191 registros

No Ceará, homens de 20 a 39 anos de idade têm 3,35 vezes mais chance de morrer do que mulheres, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 25. As informações fazem parte da pesquisa “Censo Demográfico 2022: Composição domiciliar e óbitos informados – Resultados do universo”.

Na publicação, destaca-se que as idades em que os óbitos masculinos mais sobressaem aos femininos têm como causa principal as mortes por causas extremas, ou seja, mais violentas. Entre elas os homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, entre outras. 

Conforme os dados, antes do Ceará, a maior sobremortalidade masculina foi encontrada em Sergipe, onde um homem de 20 a 39 anos tem 3,49 vezes mais chance de morrer do que uma mulher. Após o Estado sergipano, o ranking tem Rondônia, com 3,31 vezes, depois Bahia, com 3,29 vezes, e Tocantins, com 3,28 vezes.

Os dados apontam que os menores números de mortalidades masculinas ocorreram nos estados de Roraima, onde o público tem 1,85 vezes mais chance de vir a óbito do que uma mulher. Em seguida vem São Paulo, com 2,16 vezes, e Rio de Janeiro, com 2,21 vezes.

Público masculino lidera número de óbitos no Ceará, aponta Censo

Além de estarem mais propensos à morte no Ceará, os homens também lideram o número de óbitos registrados no Estado. Os dados do Censo Demográfico 2022 revelam que, do total de 55.407 óbitos contabilizados naquele ano, os homens foram 30.216 casos, enquanto mulheres tiveram 25.191 registros de mortes.

Na maior participação de óbitos masculinos, calculado pela razão de sexo dos óbitos (o total de mortes homens dividido pelo de mulheres multiplicado por 100), o Estado ocupa a 18ª posição do ranking de sobremortalidade masculina, com o resultado em 119,95.

Na distribuição entre os Estados, a maior razão de sexo dos óbitos e, consequentemente a maior sobremortalidade masculina, se encontra em Tocantins, com 150 óbitos masculinos para 100 óbitos femininos. Em seguida vem Rondônia (147,73), Roraima (146,61), Mato Grosso (141,75) e Amapá (140,57).

Na sequência, a pesquisa aponta as regiões que estão acima da média nacional de 1,20 vezes a chance de o óbito ser masculino. São eles: Rondônia (1,48), Roraima (1,47), Mato Grosso (1,42), Amapá (1,41), Amazonas (1,37) e Pará (1,36).

A menor sobremortalidade masculina foi encontrada no Rio de Janeiro, 1,05 vezes. A pesquisa revela que a sobremortalidade masculina só é revertida nos grupos de idade mais avançados, a partir dos 80 anos, onde a participação de óbitos femininos supera os masculinos.

Metodologia da pesquisa

A metodologia da pesquisa do Censo Demográfico 2022 foi realizada por meio de três formas: entrevista presencial, por telefone ou autopreenchimento pela Internet. A maioria 

Na entrevista presencial, foi realizada pelo recenseador, que é o responsável por fazer o trabalho da coleta de dados por meio de entrevistas com o moradores, registrando as respostas no Dispositivo
Móvel de Coleta (DMC).

As entrevistas por telefone foram realizadas pelo recenseador ou por um agente do Centro de Apoio ao Censo (CAC), já a coleta pela Internet foi feita por autopreenchimento do questionário ou utilizando auxílio de agentes do CAC.

A entrevista presencial correspondeu à maior parte das respostas do Censo 2022, com 98,9% dos dados da pesquisa. Ao todo, foram aplicados 72.433.841 questionários.

Fonte- O Povo




Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content