A criação do Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Madeira marca um avanço na conservação da Amazônia. Com 2,4 milhões de hectares no Amazonas, essa iniciativa reúne cinco unidades de conservação estaduais, uma federal e duas terras indígenas em um modelo de gestão integrada. A portaria que oficializa a medida foi assinada pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e visa fortalecer a proteção ambiental na área de influência da BR-319.
O mosaico permitirá a administração coordenada de diferentes categorias de manejo, promovendo governança, fiscalização e incentivo à economia sustentável. Entre as áreas envolvidas estão a Reserva Extrativista do Lago do Capanã Grande, gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de cinco Reservas de Desenvolvimento Sustentável e um parque estadual sob responsabilidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas. As Terras Indígenas Cunhã-Sapucaia e Arary, administradas pela Funai, também fazem parte da iniciativa.
O processo de criação do mosaico levou dois anos e envolveu a participação de órgãos ambientais, comunidades locais, pesquisadores e organizações não governamentais. O plano de ação estruturado prevê medidas para reforçar a fiscalização, implementar sistemas de monitoramento ambiental e ampliar a participação social na gestão do território. Além disso, iniciativas para incentivar o turismo sustentável e a agricultura familiar serão desenvolvidas, garantindo que a conservação ambiental caminhe junto com o desenvolvimento econômico da região.