O Ceará alcançou a maior arrecadação de impostos dos últimos seis anos, totalizando R$ 22,5 bilhões em tributos em 2024. Comparando com 2019, houve incremento de R$ 7,5 bilhões, o equivalente a 50,62%, de acordo com dados da Secretaria da Fazenda (Sefaz-CE).
Sozinho, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) foi responsável por injetar R$ 20,2 bilhões no cofre estadual, abarcando 87,75% de toda a quantia a arrecadada. Em seguida, a cobrança sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), com R$ 1,9 bilhão, corresponde a 8,81%.
Já o tributo sobre Transmissão Causa mortis e Doação (ITCD), ou taxa da herança, arrecadou somente R$ 128 milhões (0,57%). Outros impostos, totalizando R$ 197 milhões, representam apenas 0,87% do montante.
O economista e professor da Universidade de Fortaleza (Unifor), Ricardo Coimbra, observa que parcela significativa desse aumento da arrecadação está vinculada ao ritmo da economia cearense nos últimos anos.
“O Ceará tem crescido acima da média nacional. Como consequência, com uma atividade econômica mais ativa, há potencial para crescimento da arrecadação de tributos”, sublinha.
Ricardo Coimbra
Economista e professor da Universidade de Fortaleza
O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará fechou o 3º trimestre de 2024 com alta de 6,67% na comparação com o mesmo período de 2023, puxado principalmente pelos bons índices na agropecuária e na indústria.
Como destacou Coimbra, o resultado foi superior à média nacional, que registrou um aumento de 4% na soma de todas as riquezas produzidas no País, também em relação com igual período do ano anterior. Os dados consolidados de 2024 ainda não foram divulgados.
Fonte- Diário do Nordeste