Ceará aposta em biofábrica de mosquito para combater arboviroses em 2025

A iniciativa é parte de um programa do Ministério da Saúde que destinará R$ 1,5 bilhão para o controle de arboviroses no Brasil
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O Ceará será pioneiro em uma estratégia inovadora de controle de arboviroses com a implementação da Biofábrica de Wolbachia em 2025. Localizada no Distrito de Inovação em Saúde, no município de Eusébio, a unidade vai produzir os chamados “mosquitos do bem” – vetores do Aedes aegypti modificados com a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya.

A iniciativa é parte de um programa do Ministério da Saúde que destinará R$ 1,5 bilhão para o controle de arboviroses no Brasil. No Ceará, o projeto é liderado pela Fiocruz Ceará, que planeja iniciar as obras ainda em janeiro e prevê o funcionamento pleno da fábrica até o final do ano.

Os mosquitos do bem serão distribuídos para 1.794 municípios do Nordeste, beneficiando cerca de 55 milhões de pessoas. Estudos realizados em outros países e cidades brasileiras já demonstraram a eficácia da tecnologia. Na Austrália e na Colômbia, por exemplo, as infecções por dengue caíram mais de 90%. No Brasil, Niterói (RJ) registrou reduções significativas de 69% nos casos de dengue, 60% de chikungunya e 37% de zika após a introdução dos mosquitos.

Além de trazer avanços no combate às doenças, a biofábrica também impulsionará a economia local com a contratação de profissionais e o desenvolvimento de tecnologias em parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná e a Universidade de Monash, na Austrália.

O sucesso dessa abordagem, já aplicada em diversas regiões do Brasil e em expansão para outras cidades, posiciona o Ceará como referência em inovação no enfrentamento às arboviroses.

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