Mudanças climáticas ameaçam preservação de patrimônio histórico no Ceará

A elevação das temperaturas e as variações térmicas estão acelerando processos de dilatação e contração nos edifícios
Compartilhe

Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) alertam para os impactos das mudanças climáticas nas construções históricas, como a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim, em Aracati, que completou 250 anos em 2024. A elevação das temperaturas e as variações térmicas estão acelerando processos de dilatação e contração nos edifícios, levando a rachaduras e descolamento de materiais, conforme aponta o estudo publicado na revista internacional Energy and Buildings.

Coordenado pelo professor Esequiel Mesquita, do Instituto de Arquitetura e Urbanismo e Design da UFC, o estudo prevê que o aumento das variações térmicas no Ceará, de 10°C atualmente para até 16°C em 2100, poderá intensificar em 400% os danos estruturais nos prédios históricos do Centro de Aracati. Segundo Mesquita, a movimentação térmica das argamassas será mais frequente, elevando os custos de manutenção e reduzindo o intervalo entre as intervenções necessárias para conservação.

A pesquisa, que também conta com a colaboração de instituições de Minas Gerais, São Paulo, Maranhão e Brasília, foi apresentada ao Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), vinculado à Unesco. Os resultados iniciais servem de base para reproduções metodológicas em universidades da Itália e Inglaterra, ampliando a análise do impacto das mudanças climáticas no patrimônio histórico global.

A degradação acelerada das construções históricas brasileiras reforça a urgência de políticas públicas e estratégias preventivas que garantam a preservação de edifícios tombados, como a Igreja do Bonfim, que carrega séculos de história e identidade cultural.

Você pode gostar

Na região Cariri, no sul do estado, a previsão é de chuva para esta terça-feira (7).
Vítima levou pancadas fortes na cabeça depois de ter casa invadida na madrugada deste domingo (5). Ana Paula Alves continua internada.
A investigação aponta que quatro coronéis do Exército teriam redigido a chamada Carta dos Oficiais Superiores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você também pode se interessar
Publicidade