A preguiça é um mal antigo que vem desde os primórdios da humanidade. Desde sempre, as pessoas criavam dependência umas das outras, e dai passou a existir os criados, os vassalos e os escravos, que supriam muitas das demandas do seu senhorio. Quem tinha dinheiro não precisava fazer qualquer tipo de esforço, inclusive o de andar, por isso foram criadas as liteiras, nas quais os nobres eram transportados com a força humana.
Não fossem esses seres reprimidos, machucados e sujeitos a toda a sorte de castigos como salário, muito do que se tem hoje talvez não existisse. Foi esse modelo que fez com que existissem as construções, começando pelas pirâmides, os palácios, castelos e as fazendas produtivas. Em nenhuma dessas construções se vê homenagens aos verdadeiros trabalhadores, a ser algumas cruzes.
A preguiça, por mais que passe o tempo e as criaturas, continua no DNA de muitos, e agora evolui para a robótica, mas máquinas, telefones, computadores e outros instrumentos criados com o intuito de tornar o preguiçoso cada vez mais inútil. Essa realidade traz consigo o iminente perigo dos contaminados pela indisposição passarem a se tornar escravos das tecnologias, uma vez que elas já dominam e desempregam boa parte dos humanos.
Com o aparecimento da IA muitas profissões passaram a desaparecer e ampliar o desemprego, a ociosidade, ansiedade, depressão e tudo mais. Apesar dos encantos e espantos que as IAs causam, há alertas de que é preciso contê-las, antes que a inutilidade devore as pessoas.