Nem trabalha nem estuda

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Os jovens que não estudam nem trabalham podem causar um prejuízo de 10 pontos percentuais no PIB nos próximos 30 anos. A experiência de outros países mostra que a redução do número de jovens desalentados não acontece naturalmente, mas passa por políticas públicas específicas.
A Irlanda é o maior exemplo de sucesso, reduzindo de 21% para 9% o índice de jovens fora do mercado e da escola. Isso foi possível a partir de três grandes programas de qualificação de mão de obra para reinserção no mercado de trabalho.
Diferentemente dos países desenvolvidos, o Brasil parte de um ponto precário do ponto de vista educacional. As dificuldades econômicas também são um obstáculo para a contratação de jovens. O resultado é triste: um a cada cinco pessoas de 15 a 29 anos não estudam nem trabalham.
Acontece que o grau de instrução acumulado por esta geração de jovens não é capaz de atender as demandas de uma economia cada vez mais automatizada e digitalizada.
A absorção dos egressos do ensino médio diretamente para o setor produtivo está cada vez menos intensa e menos automática. A desilusão atinge especialmente os moradores das periferias das grandes cidades e das zonas rurais. Obrigados a começar o trabalho mais cedo para ajudar na renda familiar, estes não têm tempo nem dinheiro para se atualizarem e desenvolverem as chamadas “soft skills”, ao contrário das classes média alta e alta. A desigualdade reflete no momento de entrar no mercado formal de trabalho.

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O documento, que deveria ter sido prorrogado pela Assembleia Legislativa, é uma lei estadual que contém ações a serem realizadas, geralmente, em 10 anos, para melhorar a educação

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