Vivemos tempos estranhos, em que as pessoas se fazem cada vez mais distantes umas das outras, preferindo a comunicação virtual à real. Não se pode negar que a conversa virtual tem lá suas qualidades, a começar por você não precisar visitar ou receber visitas, fazer sala ou mesmo absorver energias não muito positivas.
A comunicação virtual acabou a necessidade de muitas viagens, tipo às que se fazia e ainda se faz aos parentes em períodos festivos, a exemplo do Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, batizados, aniversários, noivados, casamentos, formaturas, dentre outros bons motivos que atraíam entes queridos a um lugar de concentração.
Quem conhece as dificuldades da comunicação do passado, mesmo do menos distante, sabe como se era dependente dos Correios; das empresas de telefonia com seus postes e orelhões; dos anúncios e recados através do rádio e das viagens demoradas e desconfortantes. Só quem pode discordar dos benefícios da modernização dos meios de comunicação é quem não sabe se utilizar dela da forma correta, ou seja, sem exageros e distorções dos seus verdadeiros objetivos.
O contraditório de toda essa avaliação é que muitas pessoas se acostumaram a conviver com a frieza da ausência e a se conformar com imagens e sons que produzem. Há que se reconhecer que não se trata de simples escolhas, mas também de atitudes que possam favorecer aspectos de segurança e gastos com transportes, além de outras lições aprendidas durante a pandemia.