As visíveis rachaduras na centenária chaminé da extinta Fábrica de Tecidos Ernesto Deocleciano de Albuquerque, hoje tombada pelo IPHAN, onde funciona o câmpus da UFC, causam medo de desabamento a transeuntes, trabalhadores e moradores do entorno.

O prédio, fundado em 14 de julho de 1895, tem hoje 124 anos, ocupa um quarteirão e representa na história de Sobral o início da “era da industrialização” impulsionada pela chegada da linha férrea e as intensas atividades culturais.
Topiqueiros e vendedores que trabalham nas proximidades relatam a preocupação com a situação. A vendedora Carmem Bastos, 24, disse que tem medo da chaminé desabar a qualquer hora por estar rachada de cima a baixo. Segundo a vendedora a preocupação aumenta com as fortes rajadas de ventos comuns nesta época do ano. Carmem disse ainda que na segunda-feira, 22/07, tijolos do topo da chaminé caíram, assustando quem estava por perto. “As pessoas que lancham na minha barraca mostram preocupação com a situação da chaminé”, afirma Carmem Bastos. O cobrador da topique que faz a linha Sobral/São Benedito disse que teme um desabamento e o risco de atingir alguém, pois o lugar é muito movimentado.
O Sobral News ouviu o engenheiro Francisco Kennedy Moreira Vasconcelos, prefeito do Câmpus da UFC de Sobral. Ele afirmou que, ao identificar o problema, imediatamente foi isolada uma área correspondente à altura da estrutura. “Está em fase de conclusão um projeto de restauração, que será enviado ao IPHAN, que contemplará três blocos do câmpus que são: a chaminé, a caldeira e o antigo clube dos trabalhadores da extinta fábrica”, afirma Kennedy Vasconcelos. A chaminé, ainda segundo o engenheiro, enquanto da,UFC não passou por restauração.
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E pensar que a 15 anos atras quando eu morava ai,ja tinha medo disso ai cair… uma obra bem feita com certeza. Todos esses anos e continua resistindo.