Especialistas alertam para os efeitos da inteligência artificial no pensamento humano

O estudo destaca que, embora um grupo seleto possa se beneficiar da IA
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Enquanto o avanço da inteligência artificial busca tornar as máquinas mais parecidas com os humanos, um estudo da Universidade Elon levanta uma questão oposta: como a IA transformará a maneira como as pessoas pensam? O relatório “O Futuro de Ser Humano”, divulgado com exclusividade à CNN antes de sua publicação oficial, aponta preocupações sobre a perda de habilidades fundamentais, como empatia e pensamento crítico, diante da crescente dependência dessas tecnologias.

O futurista John Smart, um dos especialistas que contribuíram para o estudo, expressa um alerta sobre o impacto da IA no desenvolvimento cognitivo. Segundo ele, há uma tendência de que a maioria das pessoas acabe abrindo mão da autonomia e da criatividade, confiando em sistemas ainda primitivos para a tomada de decisões. O estudo destaca que, embora um grupo seleto possa se beneficiar da IA, o risco de dependência excessiva da tecnologia pode resultar em um empobrecimento das capacidades humanas.

A pesquisa foi conduzida com 301 líderes de tecnologia, analistas e acadêmicos, incluindo nomes como Vint Cerf, um dos criadores da internet e vice-presidente do Google, e Jonathan Grudin, ex-pesquisador da Microsoft. Os entrevistados apontam que a IA trará mudanças profundas, sendo que mais de 60% preveem impactos significativos na capacidade humana ao longo da próxima década. Entre eles, metade acredita que os efeitos serão tanto positivos quanto negativos, enquanto 23% enxergam um cenário predominantemente desfavorável. Apenas 16% dos especialistas manifestaram otimismo em relação ao futuro com a IA.

O relatório da Universidade Elon questiona o discurso das gigantes da tecnologia, que prometem que a automação proporcionada pela IA permitirá que os humanos foquem em atividades mais criativas e complexas. No entanto, há um temor crescente de que a dependência dessas ferramentas possa levar a um enfraquecimento das habilidades de raciocínio crítico e tomada de decisão. Esse receio é reforçado por uma pesquisa da Microsoft e da Universidade Carnegie Mellon, que identificou impactos negativos no pensamento analítico entre usuários frequentes de IA generativa.

À medida que o desenvolvimento da inteligência artificial avança a passos largos, impulsionado por investimentos bilionários e apoio governamental, os desafios éticos e sociais ganham protagonismo no debate sobre o futuro do pensamento humano. O estudo sugere que, se a relação entre humanos e IA não for equilibrada, a tecnologia pode acabar remodelando a cognição humana de maneira irreversível.

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