O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (24) que Vladimir Putin estaria disposto a aceitar a presença de uma força de paz europeia na Ucrânia como parte de um possível cessar-fogo. A declaração foi feita após uma reunião com o presidente da França, Emmanuel Macron, no Salão Oval, onde ambos discutiram esforços diplomáticos para o fim do conflito.
Macron reforçou que a Europa está pronta para contribuir com garantias de segurança, ressaltando que qualquer presença militar no território ucraniano teria caráter exclusivamente pacificador. Segundo o presidente francês, as tropas europeias não estariam na linha de frente nem participariam diretamente do conflito, mas atuariam para garantir que um eventual acordo fosse respeitado.
Trump também revelou que os Estados Unidos estão próximos de um acordo sobre minerais com a Ucrânia e que pode se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ainda nesta ou na próxima semana para formalizar a negociação. O objetivo do acordo seria recuperar parte dos recursos enviados a Kiev em forma de ajuda militar.
A proposta norte-americana de compartilhamento da receita mineral gerou resistência de Zelensky, que rejeitou a exigência de US$ 500 bilhões em riquezas naturais como forma de compensação pela assistência recebida. O líder ucraniano argumentou que os valores enviados por Washington não chegam a essa quantia e que a negociação deveria incluir garantias de segurança mais concretas.
A possibilidade de uma solução rápida para o conflito tem causado apreensão entre aliados europeus. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deve visitar Trump nos próximos dias para discutir a questão, enquanto Macron busca reforçar o papel da Europa no processo. Líderes europeus temem que um acordo apressado possa representar uma concessão excessiva à Rússia e enfraquecer a posição estratégica do Ocidente.