O preço médio do aluguel residencial no Brasil subiu 13,5% em 2024, conforme levantamento do Índice FipeZap, consolidando uma tendência de alta, embora em ritmo mais moderado do que nos anos anteriores. Com o valor médio do metro quadrado atingindo R$ 48,12, a alta do aluguel superou amplamente os principais índices de inflação, como o IPCA, que encerrou o ano em 4,83%, e o IGP-M, que acumulou 6,54%.
A pesquisa, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a plataforma Zap, acompanhou os valores de locação de apartamentos prontos em 36 cidades, incluindo 22 capitais. Segundo o estudo, imóveis de um quarto apresentaram o maior aumento de preço, com alta de 15,18%, refletindo a maior demanda por residências menores. Em termos de valor médio por metro quadrado, os imóveis de um quarto lideraram com R$ 63,15, enquanto os de dois quartos registraram R$ 44,84.
Salvador foi a capital com o maior aumento médio no aluguel, subindo 33,07%, seguida por Campo Grande (26,55%) e Porto Alegre (26,33%). Em contrapartida, Maceió teve o menor aumento, de apenas 3,35%, ficando abaixo da inflação oficial. Apesar da variação média nacional, São Paulo mantém o título de metro quadrado mais caro do país, com R$ 57,59, seguida por Florianópolis (R$ 54,97) e Recife (R$ 54,95).
Segundo Paula Reis, economista do DataZap, o mercado de locação tem se beneficiado do fortalecimento do mercado de trabalho e de melhores condições macroeconômicas. “O emprego, que é um fator crucial para o setor, atingiu níveis recordes em 2024, favorecendo o crescimento da demanda por aluguel”, afirmou.
O estudo também destacou que o índice FipeZap reflete a dinâmica de novos contratos de locação, captando a evolução da oferta e da demanda em tempo real, sem considerar os reajustes de contratos já vigentes. Esse movimento reforça a importância da análise do mercado de aluguéis como um termômetro para as condições econômicas e sociais do país.
Com perspectivas de continuidade no crescimento econômico, o setor imobiliário deve seguir como um dos protagonistas do mercado em 2025, ajustando-se às mudanças no comportamento dos consumidores e na conjuntura econômica nacional.