O mercado financeiro teve um dia positivo nesta quinta-feira, com forte alta da bolsa de valores e nova queda do dólar. O índice Ibovespa avançou 2,82%, fechando aos 126.913 pontos, atingindo o maior patamar desde 11 de dezembro. O movimento foi impulsionado por ações do setor de consumo, refletindo o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que não trouxe indicações claras sobre os próximos passos para a taxa Selic.
A incerteza quanto à política monetária do Banco Central gerou otimismo entre os investidores, que passaram a apostar em um aumento menos intenso dos juros. Com taxas mais baixas, o mercado de ações se torna mais atraente do que a renda fixa, favorecendo a valorização dos ativos brasileiros.
No câmbio, o dólar comercial registrou a nona queda consecutiva, encerrando o dia vendido a R$ 5,852, uma retração de 0,24%. A moeda norte-americana chegou a subir no início do pregão, alcançando R$ 5,93, mas reverteu a tendência ao longo do dia. Em janeiro, o dólar já acumula uma desvalorização de 5,27%.
Diferentemente dos últimos dias, quando as decisões do governo de Donald Trump afetaram os mercados, o cenário internacional teve impacto reduzido. Embora o presidente norte-americano tenha reafirmado a intenção de impor uma tarifa de 25% sobre importações do México e do Canadá, a notícia não repercutiu fortemente no Brasil.
Outro fator que contribuiu para o otimismo foi a divulgação do déficit primário de 2024, que ficou em R$ 43 bilhões, um resultado melhor que a previsão inicial de R$ 55,4 bilhões, segundo dados da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda. Esse dado reforçou a confiança dos investidores, consolidando um dia de ganhos expressivos no mercado financeiro.