A reforma do Imposto de Renda, que propõe elevar a faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais, pode trazer outro benefício aos trabalhadores. Representantes de centrais sindicais e movimentos sociais defenderam, em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, a isenção total da participação nos lucros ou resultados (PLR).
Atualmente, a PLR de até R$ 7.640 já é isenta de tributação, enquanto valores superiores são taxados progressivamente entre 7,5% e 27,5%. A proposta dos sindicatos busca eliminar qualquer incidência do imposto sobre essa remuneração, alegando que a medida incentivaria o engajamento dos trabalhadores e impulsionaria a economia.
Além da questão da PLR, os representantes sindicais sugeriram a inclusão de despesas com certificação e qualificação profissional na área de tecnologia da informação entre as deduções permitidas no Imposto de Renda. Segundo as entidades, esse setor tem um papel estratégico no crescimento do país e deve gerar cerca de 800 mil empregos nos próximos anos.
Durante o encontro no Palácio do Planalto, Haddad detalhou a proposta de reforma enviada recentemente ao Congresso Nacional e solicitou apoio das centrais sindicais ao projeto. Márcio Macêdo reforçou a importância do diálogo e destacou que a reforma tributária pode contribuir para a redução das desigualdades sociais.
Embora não tenha concedido entrevista após a reunião, Haddad garantiu que as demandas apresentadas pelos sindicatos serão analisadas no âmbito da reforma do Imposto de Renda. A Secretaria-Geral da Presidência divulgou um comunicado informando sobre o encontro e a participação das entidades sindicais e movimentos sociais nas discussões.