Mercado financeiro eleva projeções para inflação, dólar e juros em 2025

projeção representa um aumento em relação à estimativa de 4,96% feita na semana passada e de 4,59% há um mês
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As expectativas do mercado financeiro apontam para um cenário de alta na inflação, na cotação do dólar e na taxa Selic em 2025. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, deve encerrar o ano em 4,99%. Essa projeção representa um aumento em relação à estimativa de 4,96% feita na semana passada e de 4,59% há um mês.

Enquanto o mercado ajusta suas previsões para cima, o governo federal mantém uma estimativa mais otimista para o IPCA, fixada em 3,1% na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025. Para os anos seguintes, o mercado projeta inflação de 4,03% em 2026 e de 3,90% em 2027.

A alta da inflação é acompanhada por um movimento de elevação na taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 12,25% ao ano. O Banco Central, que já intensificou o ritmo de alta dos juros em dezembro, deve continuar ajustando a taxa ao longo de 2025. O mercado prevê que a Selic alcance 15% no final deste ano, uma elevação em relação aos 14,75% projetados na semana passada.

O dólar também segue em trajetória ascendente. A moeda norte-americana deve atingir R$ 6 ao final de 2025, conforme indicam as projeções mais recentes. Há quatro semanas, a estimativa era de R$ 5,77. Para 2026 e 2027, as expectativas permanecem estáveis, em R$ 5,90 e R$ 5,80, respectivamente.

Apesar do cenário de pressão inflacionária e alta nos juros, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 apresentou leve aumento em sua projeção, subindo de 2,01% para 2,02%. Para os anos seguintes, o mercado prevê crescimentos de 1% em 2026 e 2% em 2027, reforçando uma perspectiva de estabilidade moderada na economia a longo prazo.

As revisões nas estimativas refletem incertezas econômicas globais, a alta do dólar e os desafios enfrentados pelo Banco Central na busca por equilíbrio entre controle inflacionário e crescimento econômico.

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