A plataforma de produção de petróleo Cidade de Angra dos Reis, a primeira de grande capacidade a operar no pré-sal da Bacia de Santos, terá suas operações estendidas até 2030. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (22) pela Petrobras, que lidera o consórcio responsável pelo Campo de Tupi, localizado a 300 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.
O navio-plataforma, modelo FPSO (Floating Production Storage and Offloading), está em operação desde outubro de 2010, com capacidade de produção superior a 50 mil barris por dia. A extensão do contrato foi formalizada em um aditivo assinado com as empresas Tupi Pilot MV 22 B.V. e Modec Serviços de Petróleo do Brasil Ltda. O acordo prevê ajustes que aumentarão a confiabilidade, eficiência de produção e segurança da plataforma, além de contribuir para a redução de emissões de gases de efeito estufa.
Em comunicado, a Petrobras destacou que a decisão está alinhada ao Plano de Negócios 2025-2029 e reafirma o compromisso com a continuidade das operações no Campo de Tupi, um marco histórico para a exploração de petróleo do pré-sal no país. A desativação definitiva da plataforma, conhecida como descomissionamento, está programada para 2030, quando a estrutura atingirá o final de sua vida útil.
A entrada do Cidade de Angra dos Reis em operação marcou o avanço da exploração no pré-sal, uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Localizados a profundidades entre 5 mil e 7 mil metros, esses reservatórios tornaram o petróleo o principal produto de exportação do Brasil em 2024, sendo responsáveis por 71,5% da produção nacional entre janeiro e novembro daquele ano, segundo dados da ANP.
O consórcio de Tupi reúne a Petrobras (67,216%), a anglo-holandesa Shell (23,024%), a portuguesa Petrogal (9,209%) e a estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), que representa o governo brasileiro com 0,551% de participação. A ampliação da vida útil da Cidade de Angra dos Reis reflete o papel estratégico do pré-sal para o setor energético e para a economia brasileira.