Refinaria Abreu e Lima aumenta produção de diesel e reduz dependência de importação

O impacto direto dessa modernização é o fortalecimento da conversão do petróleo do pré-sal em óleo diesel
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A Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizada em Ipojuca, na região metropolitana do Recife, concluiu esta semana um importante avanço em sua capacidade produtiva. Com a finalização das obras de modernização do Trem 1, módulo de produção da unidade, a Petrobras aumentou a capacidade de refino de petróleo de 115 mil para 130 mil barris diários.

Esse processo de ampliação, conhecido na indústria do petróleo como “revamp”, contou com um investimento de R$ 93 milhões. O impacto direto dessa modernização é o fortalecimento da conversão do petróleo do pré-sal em óleo diesel, aproveitando o diferencial da refinaria, que possui a maior taxa de conversão de petróleo cru em combustível do país, alcançando 70%.

Esse avanço produtivo, além de impulsionar as margens de lucro da estatal, reduz a necessidade de importação de óleo diesel, reforçando a autonomia energética do Brasil. Em 2024, a Rnest produziu 3,1 milhões de litros de diesel S-10, considerado mais sustentável. Esse volume representa 12% da produção total do combustível pela Petrobras e tem capacidade para abastecer aproximadamente 6,7 milhões de caminhões.

O diesel S-10, utilizado tanto por veículos leves quanto pesados, é reconhecido por sua maior eficiência energética e menor impacto ambiental. Atualmente, cerca de 70% do diesel consumido no Brasil pertence a essa categoria.

Outro destaque da refinaria é sua capacidade de transformar gases poluentes, como óxidos de enxofre e nitrogênio, em ácido sulfúrico, um produto comercializado amplamente utilizado na purificação de água. Essa tecnologia reduz significativamente a emissão de poluentes, ao mesmo tempo em que gera receita adicional para a Petrobras.

A unidade U-93 Snox, responsável por essa conversão, entrou em funcionamento em dezembro de 2024. Durante os preparativos finais da operação, em novembro, a Agência Brasil teve acesso exclusivo às instalações, reforçando a importância dessa inovação para o setor petrolífero brasileiro.

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