O resultado representa uma melhora significativa em relação ao déficit de R$ 18,071 bilhões registrado no mesmo mês de 2023
As contas públicas brasileiras fecharam o mês de setembro de 2024 com um déficit primário de R$ 7,34 bilhões, refletindo um saldo negativo em todas as esferas do setor público, que inclui o Governo Central, governos regionais e empresas estatais. O resultado, embora deficitário, representa uma melhora significativa em relação ao déficit de R$ 18,071 bilhões registrado no mesmo mês de 2023, impulsionada principalmente pela redução do déficit do Governo Central, que caiu de R$ 16,506 bilhões para R$ 3,974 bilhões, beneficiada por um crescimento de 8% nas receitas frente a um aumento mais modesto, de 1,4%, nas despesas.
Os governos regionais registraram um aumento no déficit, com R$ 3,173 bilhões negativos em setembro de 2024, comparados a R$ 1,065 bilhão no mesmo período do ano passado, impactados principalmente pelos déficits de R$ 597 milhões nos governos estaduais e de R$ 2,575 bilhões nos governos municipais. Empresas estatais, por sua vez, também fecharam com saldo negativo, registrando um déficit de R$ 192 milhões.
As despesas com juros da dívida pública caíram expressivamente, totalizando R$ 46,427 bilhões em setembro, em comparação aos R$ 81,714 bilhões registrados no mesmo mês do ano anterior. A redução foi impulsionada por operações cambiais do Banco Central, que geraram ganhos de R$ 20 bilhões em swaps, contrastando com perdas de R$ 15,9 bilhões em setembro de 2023. Como resultado, o déficit nominal – que soma o déficit primário e os gastos com juros – foi reduzido quase pela metade, totalizando R$ 53,767 bilhões, frente aos R$ 99,785 bilhões do mesmo mês no ano passado.
A dívida pública também apresentou leve aumento. A dívida líquida do setor público chegou a R$ 7,117 trilhões, representando 62,4% do PIB, enquanto a dívida bruta alcançou R$ 8,928 trilhões, equivalente a 78,3% do PIB. Esses indicadores são fundamentais para análise de risco e endividamento do país, sendo acompanhados de perto por investidores e agências de classificação de risco.