Entenda o que fez Ronaldo de desistir de candidatura à presidência da CBF

Em declaração nas redes sociais, o ex-camisa nove da Seleção afirmou que recebeu "porta fechada" de federações ao tentar levar candidatura à frente
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Ronaldo Fenômeno confirmou a desistência oficial de sua candidatura para a eleição à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quarta-feira (12/3) por meio de uma publicação nas redes sociais. No pronunciamento, o ex-jogador afirma que teve “porta fechada” de 23 das 27 federações estaduais que votam no sistema eleitoral.

Segundo o atual estatuto da CBF, Ronaldo teria de ter o apoio de pelo menos quatro federações estaduais e quatro presidentes de times de clubes das séries A ou B. O ex-atacante só conseguiu apresentar o projeto para quatro federações estaduais, que não prosseguiram com o apoio.

Em nota, Ronaldo afirma que as outras 23 federações não o aceitaram em suas sedes para reunião sob a justificativa de estarem “satisfeitas” com o trabalho do atual presidente Ednaldo Rodrigues. Sem o “Fenômeno” na disputa, é provável que o atual mandatário seja reeleito para um novo mandato de quatro anos.

Leia o pronunciamento do craque

Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.

Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada.

No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.

O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.

Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união.
4 h

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