O movimento busca minimizar desigualdades e estigmas sociais por meio de uma abordagem humanizada e solidária
Salvador se tornou palco de mais um avanço no cuidado comunitário com a inauguração da Comunidade Compassiva no bairro Candeal, a nona do tipo no Brasil. A iniciativa reúne moradores locais e profissionais de saúde em um modelo que promove o apoio mútuo e a formação de redes solidárias voltadas para o cuidado de pessoas com doenças que ameaçam a vida, em especial idosos.
Esse movimento, que integra comunidades vulneráveis ao Sistema Único de Saúde (SUS), busca minimizar desigualdades e estigmas sociais por meio de uma abordagem humanizada e solidária. Em parceria com as redes de Atenção Primária à Saúde (APS), as comunidades compassivas não apenas acolhem, mas também encaminham demandas para os serviços de saúde pública, criando um fluxo de atendimento integrado e eficiente.
Desde 2018, a expansão desse modelo tem demonstrado seu impacto transformador. Iniciativas pioneiras no Vidigal e na Rocinha abriram caminho para projetos em Belo Horizonte, Goiânia, São Paulo, Mossoró, Fortaleza e Distrito Federal. Agora, com o apoio do Ministério da Saúde, que institucionalizou a Política Nacional de Cuidados Paliativos, o plano é alcançar mais localidades, adaptando o formato a contextos variados e ampliando a rede de solidariedade e cuidado.
Mais do que um modelo de saúde, as comunidades compassivas representam um resgate da empatia e da responsabilidade coletiva, promovendo uma abordagem que vai além da cura de doenças, priorizando a qualidade de vida e o fortalecimento dos vínculos sociais.