O boletim Infogripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta um aumento significativo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em alguns estados do Brasil, especialmente associados à covid-19. Entre as regiões com tendência de alta, destacam-se Ceará, Minas Gerais, Sergipe, Rondônia e o Distrito Federal. A maioria dos casos envolve idosos, grupo mais vulnerável aos efeitos graves da infecção.
Dados recentes mostram que, entre os casos de SRAG analisados nas últimas semanas, 31,1% foram atribuídos à covid-19. O rinovírus lidera entre as causas, representando 38,6% dos casos positivos para vírus respiratórios. Entre os episódios que resultaram em óbito, 63,6% tiveram a covid-19 como principal agente.
Além do impacto em idosos, há crescimento de casos de SRAG em crianças e adolescentes, com destaque para infecções causadas pelo rinovírus em estados como Acre, Minas Gerais, Sergipe e no Distrito Federal.
Em 2024, o Brasil registrou 78.739 casos de SRAG confirmados para algum vírus respiratório, com o vírus sincicial respiratório (33,8%) e o rinovírus (27,1%) liderando as ocorrências. Apesar de uma redução geral nos casos de covid-19 em comparação com 2023, o cenário aponta para um aumento de casos no final do ano.
A pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, reforça a necessidade de medidas preventivas durante as festas de fim de ano, recomendando o uso de máscaras em caso de sintomas gripais e a preferência por ambientes ventilados. Esses cuidados são essenciais diante dos sinais de nova elevação de casos em diversas regiões do país.